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Mostrando postagens de 2015

AMAdor

Conta-se a história ( estória ?), desde que o mundo é mundo, que o que nos move é amor. Todo mundo ouve isso e acredita nisso. De um jeito ou de outro. Querendo ou não querendo a gente termina dizendo que o que nos falta é amor ou o excesso dele que nos acaba por destruir. Pois bem. Devidamente abordado o tema, vamos a uma historinha ( estorinha ?). A vida era vivida como sempre por mim. Tomava meu café enquanto pensava quando as coisas mudariam ao meu redor tornando-se em amor. E assim se passaram anos. Sobrevivendo de meus traumas e tristezas, tomo decisões das menos corretas possíveis. Quase largo de mim mesmo. Mas então, afogado em minhas próprias vidas e desesperos, lutando sozinho e esquecido, encontro você. De maneira sutil, carinhosa, doce e sincera, você me anima e olhando em meus olhos sorri e diz que vai ficar tudo bem. Não sei como te agradecer. Fico em silêncio ouvindo meu coração vibrar de alegria. Havia encontrado o amor da amizade. Saíamos juntos. Comíamos ju...

Sobre-viver

Acho que perdi o jeito para escrever. Não sei se por falta de leitura substanciosa, ou conversas que preencham, ou compreensão rasas das coisas... Não sei. Estou bloqueada.  As experiências vividas, vistas, sentidas parecem insatisfatórias diante da tela de meu computador. escrevê-las? Sem registros, é melhor. Meus vícios me mantém secretamente focada em coisas menos importantes. Ando impaciente. Viro as madrugadas ouvindo músicas, entrevistas de desconhecidos, assistindo séries quase que inteiras, ou apenas jogando paciência! Tragicamente o sono não me vem. Nem o desejo da escrita. E mais uma vez estou nessa tentativa de colocar pensamentos confusos numa ordem lógica, legível e gostosa de se ver. (E penso que ando prepotente em considerar que isso aconteça exatamente com esse texto.) Em fim. Considerava que escrevia bons textos quando passava por momentos de incompreensão externas ou internas. Isso não acontece mais. Ou a vida anda muito boa e fácil e esqueceram de me a...

re começos

Mais uma vez me pego pensando no porque das finitudes.  Semana passada estava em viagem. Ao chegar ao meu destino, peguei minha mala e me direcionei para onde seria meu quarto durante aquela semana. Senti-me deslocada no processo de me habituar ao espaço que não era meu, mas havia pago, então me pertencia. Coloquei minhas coisas nos seus devidos lugares, mas não sabia ainda onde era meu lugar. Os dias se passaram e o espaço começou a fazer parte do meu conhecimento. As paredes, a cama, os móveis, o banheiro, o cheiro, a comida do lugar se tornaram familiares. Mas o momento de voltar a minha cidade chegou, e tinha que me desprender daquele lugar. Comecei, logo, tomando um demorado banho. Com a sensação de deixar escorrer pelo ralo a pele que me unia aquela cidade, pessoas e coisas, voltei a fazer a mala. Saindo do quarto, ainda segurando a maçaneta, senti o impulso de olhar para trás. Estranha sensação me invadiu. Parecia que eu nunca tinha estado lá. Engraçado. Num instante m...