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Mostrando postagens de 2013

Faz as contas ;)

Acredito em milagres, sabe? Aqueles que fazem a gente arrepiar só de ouvir. Mas eu sou fã mesmo é daqueles milagres que acontecem e ninguém, aparentemente, dá valor porque é tão repetitivo, singelo e sutil que nem se percebe que aconteceu. Esses sim são os bons. Manhã nublada, de uma segunda. Sou despertada por uma ligação.  Primeiro milagre: Noite maravilhosa de descanso.  Nem percebo que ao abrir meus olhos, falar ao telefone, andar, sentar numa confortável cadeira e ler a bíblia, ter frutas e um delicioso pão integral para meu desjejum, possuir água para um bom banho, e roupas limpas e frescas para usar acontecia o segundo milagre . Saio correndo atrasada para o trabalho. Terceiro milagre: tenho um emprego onde não posso me atrasar.  Chegando lá, encontro grandes amigos que fizeram parte da minha construção como pessoa e profissional, e hoje, tenho a honra de trabalhar lado a lado e mostrar que valeu a pena o esforço, deles, em serem os melhores na arte ...

Acerto.

Uso óculos, sabe? Leio bastante... Na escola já me chamaram de um monte de coisa. Fundo de garrafa, ceguinha. Mas o que mais me chamavam era "quatro-ôlho". Eu não ligava. Tinha que usar, e dava sempre um ar de seriedade e intelectualidade. E eu não via, e não vejo, problema algum nisso. Considero até uma contribuição ao meu charme, e modéstia, claro! Os anos foram passando, as experiências se acumulando, e meu óculos sempre comigo. Mudando de cor, ás vezes era vermelho, marrom, rosa, branco. Ás vezes de hastes finas, de formas arredondadas, quadradas. Meu óculos era meu parceiro de mudança. Óculos novo sempre foi sinal, para as pessoas sobre mim, que algo havia mudado. Eu tinha mudado. Depois de um tempo, deixei de dar tanta importância ao meu óculos. Cheguei a pensar, até, que eles só estavam ali para machucar meu nariz e atrás de minhas orelhas. E minha vida seguiu, e meu óculos se tornou, apenas, mais um acessório. Quando, ontem, ao tirá-los para dormir apaguei a luz....

Mergulhando em música

Saudades, tenho eu, do tempo que pra sorrir não se precisava de um motivo. E que para brigar só precisava de um espirro. Era mais simples, sabe? Preocupava-se menos, vivia-se mais. Melhor, não sei; mas que mais se vivia, isso eu posso garantir. Se toda experiência que eu tivesse a chance de passar, pudesse transformá-la em melodia, com certeza, seria uma fabulosa ária. Cheia de momentos calmos, e intensos acordes, mas todos eles fortes, únicos, meus.  Ecoariam por onde quer que eu passasse, levadas pelo vento, dizendo a todos quem eu sou e o que me faz ser quem sou, sem eu precisar, ao menos encará-las. Surgiriam grandes vivas!, ou ares de espanto, até seria vaiada, mas ao findar a execução de minha melodiosa vida, todos estariam ali, diante de mim, aplaudindo de pé pelo simples motivo de que eu tive coragem de ser. Agradeceria, em silêncio, o reconhecimento de tanto trabalho para compor e recompor minha melodia e letra para que eu pudesse, por fim, ter a minha tão sonhada m...

Enquanto eu te fazia livro

Sabe... era mais fácil quando não se gostava, nem se apegava . Seria perfeito, então. Eu e você, desconhecidos, apenas. Cruzando ruas e vidas tranquilos, sem olhares, afagos, abraços, sorrisos. Mas eu te vi. E vi em você a chance de me fazer sentir leve, protegida, amada. Meu porto, seus braços. Minha calma, seu sorriso. Nem palavras eram necessárias quando a gente ficava, assim, junto. Em mim, tinha certeza que nossos corações e respiração possuíam a mesma cadência. Um dia, sorrindo por supor que te veria e te amaria como todas as outras vezes que te vi passar, vejo-te, junto, lindamente acariciando os louros fios de uma outra, que não eu. Decepção? Ciúmes? Não. Invadiu-me, então, um desprezo e um choro incontido, um grito abafado. Levei minhas mãos ao rosto, respirei fundo, e enxuguei a lágrima que começava a rolar. Acenei pra você . Sorrindo, você me abraçou, como sempre, e beijou-me a testa. Soltou-me e tomando a mão da moça, você me apresenta àquela que você chama metade sua. ...