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Desejos Ridículos, por que mesmo?

Tenho o blog já faz um bom tempo. E sempre me foi perguntado do por que do nome ser desejos ridículos, mas eu nunca disse. Até hoje.Não me recordo ao certo de como tive o desejo de divulgar o que eu escrevia pra pessoas que, na maioria delas, não as conhecia. Mas não pensei duas vezes para decidir que nome teria o instrumento que eu usaria para divulgar minhas ideias, pensamentos e reflexões pelo mundo a fora.Desde criança gostei muito de ler.


Pra falar a verdade, ensinaram-me a arte de ler. Tocar o livros, passar suas páginas delicadamente, mergulhar nas ideias ali contidas, tirar lições e aprendizados, imaginar os personagens, e melhor de tudo, comunicar aos outros minhas descobertas. Meus pais sempre leram estórias e histórias para que dormisse. Minha tia é uma contadora de histórias incrível. E num desses percursos de ouvinte, ganhei um livro fantástico: Chapeuzinho Vermelho e Outros Contos de Perrault. Sei lá, devia ter uns nove anos. Li o livro, e minha primeira impressão foi de horror. Não é fácil pra uma criança saber que a história da chapeuzinho não terminava tão bem quanto eu imaginava, nem que ogros comiam crianças, e garotas bonitas e só, podiam por sapos pela boca. Porém, uma história me chamou bastante a atenção, tanto por seu toque de humor quanto pela forma tosca e crua que se tratava os desejos humanos. Três, quatro páginas foram suficientes para me arrancar risadas e esquecer o terror que estavam contidos em todas as outras páginas do livro. Criei um hábito, então. Toda vez que tomava aquele livro para ler me dirigia direto para a estória que me fascinava. Li e reli, sei lá quantas vezes.


 Depois que tive que me mudar de casa, deixei esse livro de lado, junto com outras obras literárias que caminharam comigo na transição pra adolescência. Foi aí que surgiu o desejo de juntar meus rascunhos e transformá-los em um arquivo com a minha cara, e que me acompanhasse nos meus vai e vens da vida. Em papel não dava pra ficar, o tempo e o vento são injustos quando se trata de guardar memórias impressas. No computador, já havia passado a experiência de perder textos, trabalhos e fotos por causa da danada da memória. Ouvi falar então que ter um blog era uma boa ideia. Sem nenhum custo e com a vantagem de ser lida por qualquer pessoa, que morasse em qualquer lugar. Será que muita gente iria ler? Será que as pessoas comentariam? Será que os leitores se identificariam com os textos?Junto a essas dúvidas me veio a lembrança o título do conto: Desejos Ridículos.



Foi assim que do nada me tornei blogueira e escritora (mais escritora que blogueira), e hoje o Desejos Ridículos é lido em mais de quatro países fora o Brasil. Orgulho-me ao pensar que um desejo, simples, de manter minha história escrita arquivada por mais tempo iria chegar onde está. Que bom que nossas histórias se cruzaram. Que felicidade é saber que faz sentido o que você lê. Meu desejo é que minha escrita faça alguma diferença pra quem entrar em contato com ela. Ridículo, não é? rs

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