
Jogar-se de olhos fechados. Dar o próximo passo sem olhar para trás. Lançar-se num precipício escuro e profundo, sem saber ao certo se lá embaixo haverá salvação em forma de um belo tapete de flores e grama.
Confiar. É estar aberto ao desconhecido com uma grande dose de confiança te protegendo.
Sabe aquela brincadeira, onde existem duas pessoas e uma delas está de costas e se joga sem olhar para trás, na certeza que a outra pessoa estaria de braços estendidos, pronta para segurá-la? Isso é confiança. Pensa agora em você. Pensa agora em você dentro dessa brincadeira/metáfora. O que te faz jogar-se? O que te confirma que a pessoa que está ali, atrás de você, irá te segurar? O que te leva a pensar que os que estão ao seu redor são os que formam teu alicerce, fortaleza e fonte de segurança, confiança?
Confiança é muito mais que saber tanto do outro, e esse outro saber tanto de você, que te dá subsídios para que você se entregue sem reservas. Confiar tem um laço tênue de dependência com o amor. (E, que fique claro, não me refiro aqui a confiança que muitos tem em empresas, patrões e empregados, seguradoras, bancos etc., etc. Esse tipo de "confiança" eu chamo de barganha.)
Falo aqui da confiança construída, adquirida com esforço e trabalhada, lapidada e mantida dia após dia por pais e filhos, esposo e esposa, irmão com irmão, amigo com amigo etc., e mais etc. Aquela confiança que você guarda como se fosse seu maior tesouro, ao mesmo tempo que parece que no próximo instante você irá perdê-la por completo.
Confiança é faca de dois gumes. Ou se dá pra receber, ou não se recebe pra dar.
Desejo ridículo, mas vale a pena apostar. Confie.
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