Vinte e sete de setembro de mil novecentos e noventa. Século passado, anos noventa. Nasce uma pessoa. Não. Duas. Dez. Milhares. E dentre essas tantas pessoas, um nome se destaca. Alguém conhecido? Importante? Famoso? Não mesmo. Acredito que você nunca pensou na diferença que essa pessoa fez, faz e fará na vida de quem ela entrar em contato, ou de tantas outras vidas que ela, também nem sabe, se um dia vai cruzar com elas. Nesse vinte e sete de setembro, nasceu Roxane Elaine de Freitas Gomes. Sim, sou eu. Fora minha família, ninguém fez festa nem soltou fogos de artifício. Meu nascimento passou despercebido por muita gente. E quando eu digo muita gente, é muita gente mesmo. Sem pompa, nem privilégios, vim ao mundo pra habitá-lo e modificá-lo. E tá aí. Já se passaram vinte um anos. O que fiz ou deixei de fazer fez diferença na minha vida e na de quem caminha nessa estrada comigo. Quantos já deixei ir e vir, quantos não voltaram mais, outros, os fiz ir embora, outros tantos, os convidei para ficar pra sempre. São 21. Duas décadas. Tempo. E ele corre. Será que eu estou pau a pau com o tempo, ou ele passa longe a minha frente? Corrida de obstáculos com o tempo é desvantagem. Mas caímos no mundo com as regras feitas, prontas, dogmáticas e pragmáticas. Sem contestação nem negociação. Injustiça? Não posso falar. Não sou eu que faço as regras. Posso burlá-las, persuadí-las, enganá-las; mas na próxima curva fechada, você é pego e o tempo te passa pra trás e sorri, sarcasticamente.
Interpretações loucas sempre me vem a mente. E quando penso em cada festa de aniversário, na hora do parabéns, no pedido secreto, no apagar das velas; vejo sempre um desejo ridículo de que o tempo pare, nos escute e nos obedeça. Mas a cada sopro para apagar a vela, se apaga mais uma chance de se fazer algo bom pra alguém, de escolher melhor as palavras, de se dizer o que sente, de dizer não, de se fazer algo que gosta, de se importar com os outros, de comer o que quer, de dormir tarde, de rir alto, de chorar de emoção. É apenas mais um sopro desperdiçado.
É isso. Parabéns a mim mesma. Meus votos? Que hoje tenha bolo, mas de velas sempre acesas. Que dessa vez, Roxane, você perca o fôlego.
Vinte e sete de setembro de mil novecentos e noventa. Século passado, anos noventa. Nasce uma pessoa. Não. Duas. Dez. Milhares. E dentre essas tantas pessoas, um nome se destaca. Alguém conhecido? Importante? Famoso? Não mesmo. Acredito que você nunca pensou na diferença que essa pessoa fez, faz e fará na vida de quem ela entrar em contato, ou de tantas outras vidas que ela, também nem sabe, se um dia vai cruzar com elas. Nesse vinte e sete de setembro, nasceu Roxane Elaine de Freitas Gomes. Sim, sou eu. Fora minha família, ninguém fez festa nem soltou fogos de artifício. Meu nascimento passou despercebido por muita gente. E quando eu digo muita gente, é muita gente mesmo. Sem pompa, nem privilégios, vim ao mundo pra habitá-lo e modificá-lo. E tá aí. Já se passaram vinte um anos. O que fiz ou deixei de fazer fez diferença na minha vida e na de quem caminha nessa estrada comigo. Quantos já deixei ir e vir, quantos não voltaram mais, outros, os fiz ir embora, outros tantos, os convidei para ficar pra sempre. São 21. Duas décadas. Tempo. E ele corre. Será que eu estou pau a pau com o tempo, ou ele passa longe a minha frente? Corrida de obstáculos com o tempo é desvantagem. Mas caímos no mundo com as regras feitas, prontas, dogmáticas e pragmáticas. Sem contestação nem negociação. Injustiça? Não posso falar. Não sou eu que faço as regras. Posso burlá-las, persuadí-las, enganá-las; mas na próxima curva fechada, você é pego e o tempo te passa pra trás e sorri, sarcasticamente.
Interpretações loucas sempre me vem a mente. E quando penso em cada festa de aniversário, na hora do parabéns, no pedido secreto, no apagar das velas; vejo sempre um desejo ridículo de que o tempo pare, nos escute e nos obedeça. Mas a cada sopro para apagar a vela, se apaga mais uma chance de se fazer algo bom pra alguém, de escolher melhor as palavras, de se dizer o que sente, de dizer não, de se fazer algo que gosta, de se importar com os outros, de comer o que quer, de dormir tarde, de rir alto, de chorar de emoção. É apenas mais um sopro desperdiçado.
É isso. Parabéns a mim mesma. Meus votos? Que hoje tenha bolo, mas de velas sempre acesas. Que dessa vez, Roxane, você perca o fôlego.
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