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Mostrando postagens de outubro, 2017

Se fosse deserto

Se meu morar fosse deserto, Em cada canto de areia teria um pouco de mim por certo. E a sede, da falta d’água, Mataria com o sossego do silêncio. Se meu andar fosse deserto, Espalharia grãos de afeto pra quem estivesse perto. E contaria minha história em rima, prosa e verso. Se meu sorrir fosse deserto, Seria largo e sincero com desejo de ser universo. E na imensidão, a perder de vista, Deixaria minhas dores, minhas sinas, desafetos. Se meu viver fosse deserto, insistiria em ser oásis além do tempo. E se a tempestade de areia vinhesse, Sorriria e dançaria a valsa do vento, Sem perder de vista o lampejo do viver satisfeito. (29/08/2017)

Passou

Tem gente que tem saudades da infância. Outras sentem falta da adolescência. Alguns lembram com saudosismo da juventude. Eu sinto falta do segundo que acaba de passar. Sabe como é? Como que se eu perdesse cada chance com o segundo que passa. Como esse instante que acabou de passar. Viu? De novo. Isso me irrita demais. Quando decido aproveitar o próximo segundo... pá! Perco ele de novo. É muito rápido. Volto a estaca zero. Retorno aos planos e reorganizo o passo a passo. Respiro fundo e miro no próximo instante. Perdi mais uma vez. Aprendo cada dia, que cada instante que se vai trás outro que fica. Por milésimos de segundo, talvez, mas vem e fica. E o que faço com esse momento é determinante para saber se o lamentarei ou vibrarei ele no segundo que se seguir. Não digo que esse é o jeito certo de viver a vida, mas te digo, com certeza, que é um caminho possível de ser trilhado. Nem só de sonhos a gente vive e sobrevive. O agora, esse momento, nesse instante, vivido, sentido, expe...